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domingo, maio 27

A cereja do bolo


Aquela cereja desprezada nas sobremesas é uma aliada da sua saúde. O suco produzido com a variedade da fruta usada na produção de compotas e conservas – a cereja ácida ou ginja – alivia a dor muscular e a insônia. A fruta seca ou fresca oferece os mesmos benefícios. “Tome 200 ml do suco ou coma uma xícara da fruta fresca ou meia xícara da fruta seca”, diz a pesquisadora Lona Sandon, da Universidade do Texas. Confira três benefícios do superalimento:

Maior rendimento do treino
A cereja contém glicose e frutose, carboidratos simples e de rápida digestão que dão aos músculos a energia instantânea de que eles precisam nos exercícios. Para aumentar seu estoque de carboidrato, consuma a fruta uma hora antes de malhar.

Proteção contra a dor
A fruta é rica em antocianina, um anti-inflamatório natural que funciona como o ibuprofeno no organismo. Corredores que ingeriram duas garrafas de 300 ml do suco antes da corrida durante duas semanas sentiram menos dores após o exercício do que os que tomaram placebo.

Melhora do sono
A cereja contém melatonina, hormônio regulador do sono. Um estudo do periódico Journal of Medicinal Food mostrou que pessoas insones que ingeriram dois copos de 200 ml do suco por dia durante duas semanas adormeceram 20 minutos mais rápido do que os voluntários que não tomaram a bebida.


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Pastel por uma fruta?



Os tentadores salgadinhos à venda nas lanchonetes e servidos nas festas são um atentado à silhueta e à saúde. Além de oferecer risco ao coração, a dieta rica em gorduras saturadas (carnes, laticínios e frituras) reduz a eficácia do sistema imunológico, segundo estudo da Universidade de Gotemburgo, na Suécia.


Troca vantajosa: peça um salgado integral, assado, com ricota ou peito de peru, sugere a nutricionista e professora universitária Fabiana Casé, da Clínica e Spa Harmonya, no Rio de Janeiro. Um pastel de forno com recheio magro (como palmito ou mussarela light) oferece menos da metade das calorias da versão frita: cerca de 110 por porção. E se for preparado com massa integral, melhor, por causa das fibras, que aumentam a sensação de saciedade. Assim caem as chances de você comer o segundo, o terceiro…


Nas feiras, a pedida são as frutas frescas, ricas em vitaminas e minerais. Você pode pensar: como consigo trocar um pastel por uma fruta? Resista, delicie- se com uma daquelas da estação e verá que a vontade vai passar.

Revista Women´s Health

Cuidados com a saúde no tempo seco


A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo divulgou um alerta sobre a baixa umidade relativa do ar em São Paulo. Com o tempo seco, mais partículas de diversos tipos ficam em suspensão no ar e são inaladas pelas pessoas, entre as quais os ácaros, o enxofre que sai do escapamento de veículos, poeira e restos de materiais queimados.
O clima favorece a ocorrência de problemas respiratórios e infecções, além de ardência e ressecamento dos olhos, boca e nariz. Fábio Pereira Muchão, pneumologista do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) Heliópolis, unidade da Secretaria na capital paulista, listou algumas recomendações para manter o bem-estar nesse período:
- Ingerir bastante líquido;
- Não fazer exercícios físicos entre as 10h e 17h quando a umidade do ar estiver baixa;
- Deixar um recipiente com água ou um pano molhado no quarto antes de dormir;
- Não usar o umidificador elétrico por muitas horas seguidas. O ambiente pode ficar muito úmido e causar mofo e bolor;
- Lavar as narinas com soro fisiológico e/ou fazer inalações com o mesmo produto;
- Manter os ambientes arejados e livres de tabaco e poeira;
- Evitar frequentar lugares fechados em que haja grande concentração de pessoas, como shoppings-centers, supermercados e cinemas.

Revista Women´s Health

Alerta às baforadas

Nunca é demais relembrar os prejuízos causados pelo cigarro, a principal causa de morte evitável no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, um terço da população mundial adulta, ou 1,2 bilhão de pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres), é fumante.
A grande vilã é a nicotina, que prejudica o aparelho cardiovascular por propiciar a liberação de substâncias (catecolaminas) que só seriam liberadas no organismo em ocasiões de stress. Essas substâncias aumentam a frequência cardíaca, a pressão arterial, a necessidade de oxigênio e a resistência que os vasos opõem à passagem do sangue.
Confira os riscos à saúde dos fumantes comparados aos não fumantes, segundo o Instituto Nacional de Cardiologia (INC):
• 10 vezes mais risco de adoecer de câncer de pulmão;
• 5 vezes mais chance de sofrer infarto;
• 5 vezes mais probabilidade de ter bronquite crônica e enfisema pulmonar;
• 2 vezes mais possibilidade de sofrer derrame cerebral.

Revista Women´s Health

Fuja das ciladas da dieta

Ser magra é seu desejo número 1? Então, são grandes as chances de você ter feito alguns regimes nos últimos anos – uns deram certos, outros, nem tanto, não é? Para fazer com que sua próxima dieta traga resultados duradouros, fique longe das armadilhas mais comuns, apontadas pela nutricionista Mariana Costa, da empresa de alimentos congelados Congelados da Sônia.
cilada 1: passar horas sem comer – Quando você fica horas em jejum ou sem comer durante o dia, seu organismo entende que está passando por um período de privação de nutrientes e estoca energia (gordura!). Comer de três em três horas manterá seu metabolismo num ritmo ideal, queimando mais calorias para manter as funções básicas.
cilada 2: comer rápido – O cérebro precisa ter tempo para entender que o organismo está satisfeito e gerar a sensação de saciedade. Quem come rápido sempre come mais, e por isso engorda.
cilada 3: substituir refeições – As frutas não podem substituir o almoço ou o jantar. Essas refeições precisam conter carboidrato, proteína e hortaliças, ou seja, alimentos que fornecem nutrientes e energia para as atividades desenvolvidas ao longo do dia. Use as frutas para complementar suas refeições.
cilada 4: excluir nutrientes – Não é necessário – nem saudável –  tirar o carboidrato da dieta. Quando fazemos isso, o organismo consome gordura (ponto pra nós!), mas também músculos (adeus, curvas!). Há várias opções de alimentos com a versão integral. Fique com elas. A mesma regra vale para as frutas e hortaliças: nunca as renegue, pois são aliadas no emagrecimento.

Revista Women´s Health

Drenagens linfáticas turbinadas

A técnica é poderosa e promete varrer toxinas e combater a retenção de líquido. Agora, imagine o que ela é capaz de fazer se combinada com outros acessórios, aparelhos e técnicas?

massagem 
Thinkstock
Não foi à toa que a drenagem linfática conquistou tantas adeptas: acelera o sistema linfático, eliminando o excesso de líquido e toxina, e ainda oxigena a pele, deixando-a mais macia e brilhante. Para turbinar a massagem, os profissionais de beleza estão aliando o método a acessórios, aparelhos e outras técnicas. O resultado é a drenagem linfática potencializada e novos benefícios. Confira algumas combinações e eleja a sua preferida.

1.Drenagem linfática com bambu

O bambu proporciona mais precisão na hora de bombear os gânglios linfáticos, otimizando os efeitos da drenagem linfática. "O método também melhora a circulação sanguínea e modela a silhueta. É uma ótima opção para quem sofre com muita retenção de líquido e celulite", explica Rosana Farias, esteticista do D. K Studio, em São Paulo. O ideal é fazer, no mínimo, dez sessões.
Preço: 80 reais cada sessão.

2.Drenagem linfática com ultrassom

O ultrassom emite uma onda capaz de penetrar na pele e promover uma micro massagem entre os tecidos, fazendo com que a água retida se espalhe e combata o inchaço. "Esse método é muito bom para prevenir e tratar a celulite em qualquer grau, já que o que difere um tratamento do outro é a frequência que o aparelho será usado", explica Rosana. A drenagem linfática com ultrassom é feita em áreas específicas, onde existe maior concentração de celulite e retenção líquida. A profissional recomenda, pelo menos, dez sessões.
Preço: 80 reais cada sessão

3.Drenagem linfática com Shiatsu

Primeiro, é feita a drenagem linfática tradicional e, ao final da sessão, o Shiatsu é aplicado. "Faço uma massagem mais vigorosa para aliviar a tensão, principalmente na região das costas", explica Fabiana Hirata, fisioterapeuta da Kashu, em São Paulo. Como o objetivo da combinação é combater o inchaço e promover um relaxamento, a profissional costuma indicá-la para as grávidas. "A maioria sofre com a retenção de líquidos, por isso, é interessante apostar no método", fala Fabiana.
Preço: 100 reais a sessão.

4.Drenagem linfática ortomolecular

Além dos benefícios tradicionais, a drenagem linfática ortomolecular promete renovar as células e ativar o metabolismo. O tratamento conta com esfoliação corporal, aplicação da máscara de oligoelementos e drenagem linfática manual associada à massagem relaxante. "Por meio de produtos ortomoleculares, o método facilita a entrada de oligoelementos, como fósforo, selênio e cálcio, favorecendo o bom funcionamento das células", explica a fisioterapeuta dermatofuncional Marcela Rodrigues, da Clínica Shory, em São Paulo. O recomendado é fazer de cinco a dez sessões.
Preço: 100 reais a sessão.

5.Massagem Destoxi-Drenante

Com ativos derivados da biotecnologia marinha, a Massagem Destoxi-Drenante desintoxica o organismo, combate a retenção líquida, a flacidez e equilibra as funções metabólicas. "A técnica combina manobras de drenagem linfática manual, de massagem terapêutica oriental e da massagem relaxante", explica a fisioterapeuta Thelma Vasconcellos, do Zahra SPA & Estética, em São Paulo. Pode ser feita de duas a três vezes por semana, com intervalo de, pelo menos, 24 horas.
Preço: 120 reais a sessão.

Por Nádia Tamanaha

Brincadeira de mau gosto


Mais um motivo para deixar o celular e o computador e o videogame de lado de vez em quando. De acordo com o The American Journal of Clinical Nutrition, pessoas que jogaram imediatamente antes de comer consumiram, em média, 163 calorias a mais do que aquelas que não se distraíram no período anterior à refeição. O autor do estudo, Jean-Philippe Chaput, afirma que até mesmo os passatempos de que você gosta (alô, viciadas em Angry Birds) podem aumentar o nível de stress, impulsionando-a a buscar conforto na comida. Tente limitar seu tempo de diversão com os meios eletrônicos a uma hora por dia.

4 novidades que vão dar o que falar

A ciência não para de encontrar soluções para você se sentir bem na própria pele. Celulite, gordura localizada, facidez e estrias estão na mira dos equipamentos de última geração. Manchas, rugas e acne são alvos de novos estudos que provam a eficiência dos cremes. Conheça as boas notícias!

Do 70º Encontro da Academia Americana de Dermatologia, que aconteceu em março em San Diego, Estados Unidos, elegemos novas frentes para deixar o rosto perfeito

Hormônio contra a acne
O nome é esquisito: cortexolone 17 alfa-propionato. Mas essa substância, na verdade um hormônio em forma de creme, promete ser mais uma arma contra as espinhas. Um estudo da Cosmo Research & Development, em Lainate, na Itália, provou que o ativo, usado a 1%, teve efeito anti-infamatório para controlar as lesões da acne. Melhor: sem efeitos colaterais ou reações adversas. "Segundo a pesquisa, o resultado foi superior ao uso da tretinoína a 0,05%, um medicamento clássico contra o problema", fala Adilson Costa, chefe do setor de Dermatologia Estética, Acne e Pesquisa Clínica da PUC de Campinas.

Aminoácidos para clarear manchas
Eles já eram usados em cremes com o objetivo de combater linhas de expressão. "Agora um novo estudo americano mostrou que aminoácidos, como a leucina e a fenilanina, limitam a disponibilidade da tirosinase, enzima fundamental para a produção da melanina, o pigmento da pele", explica Adilson. É mais uma (boa) opção para quem sofre com esse tipo de marca, difícil de ser tratada, e uma alternativa que causa menos irritação que a hidroquinona (também utilizada para combater o problema).

Laser + creme = resultado em dobro
O procedimento Drug Delivery une dois processos para potencializar o efeito anti-idade final. A idéia e fazer com que uma substância, como uma máscara de células tronco, chegue na camada mais profunda da pele. Para isso, antes de aplicá-la, usamos o laser Fraxel ou de CO2. para facilitar a penetração do medicamento", diz Thais Pepe, dermatologista de São Paulo. O protocolo também pode ser usado no couro cabeludo para tratar a queda dos fios.

Toxina botulínica em gel
Paralisar a musculatura que causa rugas sem precisar recorrer a uma injeção já é um sonho quase possível - a previsão de lançamento de uma toxina em gel é para 2015. "O estudo dessa substância para ser usada no rosto já está na terceira fase, quando o produto é testado em seres humanos. Deve ser aplicada pelo médico no consultório e lavar o rosto após 30 minutos", fala Luciana Lourenço, dermatologista de São Paulo. A durabilidade é menor do que a toxina botulínica injetável: de 60 a 90 dias.

 

Débora Lublinski

O álcool pode atrapalhar a dieta

Ao ingerir bebidas alcoólicas, seu organismo é prejudicado - como também os resultados da academia
Veja como seus drinques na balada podem causar estragos na sua dieta:

Mulher bebe cerveja

A recuperação muscular fica lenta
Treinos pesados retiram o estoque de glicogênio (carboidratos armazenados no fígado e músculos), o que faz com que o tecido muscular necessite reparo. Beber assim que termina de se exercitar interrompe o processo de recuperação. O motivo: altos níveis de álcool no organismo deslocam os carboidratos, deixando seu estoque até 50% mais baixo do que o normal por até 8 horas depois da bebedeira. Ingira alimentos que sejam fonte de proteínas e carboidratos, nutrientes que reparam os músculos. Opção: 1 copo de leite desnatado com achocolatado.

A gordura se aloja
Ao beber, seu corpo tem de lidar com um aumento grande de calorias, mas ele prioriza a metabolização do álcool em vez de queimar gordura e carboidratos, que ficam estocados. Por alguma razão, esse processo é mais pronunciado nas coxas e glúteos. Beber também eleva os níveis de cortisol (hormônio ligado ao stress), que estimula ainda mais o acúmulo de gordura, especialmente no abdômen.

O repouso é alterado
Exagerar nos drinques prejudica a recuperação muscular e o desempenho porque muda seu padrão na hora de dormir. De acordo com um estudo, o álcool diminui a duração do sono e aumenta o estado de vigília (particularmente na segunda metade da noite). Esse efeito foi visto especialmente em mulheres, cujo tempo na cama foi reduzido em mais de 30 minutos.

Esgota os níveis de água e de nutrientes
O álcool irrita a parede estomacal, o que pode reduzir sua capacidade de absorção de nutrientes e faz você ir mais ao banheiro. A cada grama de álcool que ingere, você libera 10 ml de urina (duas cervejas têm quase 270 g). E, antes que associe as visitas ao banheiro com excesso de hidratação, saiba que é impossível se reidratar com uma bebida que desidrata, como é o caso da cerveja.
Selene Yeager

Curso de gestantes


Seja bem-vinda ao curso de gestante online do bebe.com.br, uma série de 21 aulas em vídeo totalmente gratuita, que dará todas as informações e esclarecerá suas principais dúvidas sobre esse momento mágico que é a gravidez. Todo o conteúdo foi elaborado com a colaboração de renomados especialistas da maternidade do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, uma referência do que há de melhor na medicina do país. As aulas irão ao ar semanalmente.

Você pode assistir a qualquer aula, a qualquer momento. Ao final de cada vídeo, você poderá imprimir um resumo para formar, aos poucos, uma apostila. E terá a possibilidade, também, de fazer um teste para avaliar o que aprendeu. Se você fizer os testes de todas as aulas e acertar pelo menos metade das questões, ao final do curso receberá um certificado de conclusão. Esperamos que você aproveite bastante!

Joaninhas fazem a festa!

Que tal fugir dos temas clássicos dos contos de fadas e apostar em um personagem simpático e diferente? Esta decoração de joaninhas é um bom exemplo para você soltar a imaginação e caprichar na comemoração do seu filho

 
A personagem principal

 
Decoração

 
Mais personagens

 
Potinho de jujubas personalizado

 
Docinhos

 
Tema da festa em balões

 
A árvore da família 


Agradecimentos
Cristina Buchain, Consultoria, Cursos e Decorações para Festas Infantis
Contato: 11 9965-9007 /11 3589-0733

Limpe a boca do bebê

Limpe a boca do bebê
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Nos primeiros meses de vida, antes mesmo de os dentes nascerem, uma gaze com água é suficiente para limpar. Quando os dentes nascerem, novos cuidados devem ser tomados

Primeiros meses
Envolva o dedo em uma gaze embebida em água filtrada ou, ainda, soro fisiológico e limpe a gengiva delicadamente. "Faça isso apenas uma vez ao dia, pois o leite materno tem anticorpos que não devem ser removidos imediatamente", ensina Paulo Nelson Filho, professor da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto (SP).
Quando os dentes despontam
Quando cinco deles já tiverem nascido, use uma escova com cerdas extramacias e um pouco de pasta sem flúor. "O mineral favorece a fluorose, que são manchas brancas", conta o dentista Oskar Razuk, professor da Fundação de Apoio à Pesquisa e Estudo de São Paulo (Fapesp). Para piorar, ali nas regiões manchadas, a estrutura dentária é mais frágil.
E o fio dental?
Ele deve entrar em cena quando a criança já tiver todos os dentes. Como usá-lo requer muita coordenação motora, essa tarefa cabe aos pais até que a criança consiga fazê-la corretamente. Atenção: o fio é tão importante para a higiene infantil quanto para a da boca dos adultos.
Fazendo sozinho a escovação
Por volta dos 5 anos, a criança já consegue fazer o serviço sem tanta ajuda. Mas é bom que um adulto supervisione e, se preciso for, dê um acabamento especial. Crie motivação comprando escovas decoradas com temas de que seu filho goste.
A primeira visita ao dentista
A consulta de estreia deve acontecer quando os primeiros dentes começam a despontar. "É bom que a criança perceba que cuidar da boca não é nenhum bicho-de-sete-cabeças", aconselha Oscar Razuk.

Thais Szegö

Saúde bucal em dia

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Durante a gravidez, dentes e gengivas merecem atenção especial. Cuidar bem do sorriso é tão importante para você quanto para o bebê

Muita gente já deve ter ouvido a avó dizer que a cada filho que nasce, a mulher perde um dente. A antiga crença popular não tem fundamento científico, mas é verdade que algo de diferente ocorre na boca da gestante. Descubra o que acontece ali durante a gestação e tire suas dúvidas sobre como manter a saúde bucal em dia durante a gravidez.
1. Que mudanças ocorrem na boca da mulher que espera um bebê?
A grávida fica com o organismo mais vulnerável de uma maneira geral devido às alterações hormonais, e não é diferente em relação à saúde da boca. O aumento da produção de alguns hormônios pode facilitar inflamações da gengiva, principalmente quando a mulher já tem uma tendência a ter o problema. Sangramentos e infecções também costumam acometer a gengiva da gestante pela mesma razão. Quanto aos dentes, caso eles se tornarem mais fracos ou ficarem careados, provavelmente será porque a futura mamãe anda mais interessada no enxoval e na decoração do quartinho do que na higiene oral. “O mito de que a cada gestação se perde um dente não é real. No entanto, não é raro a gestante ficar focada apenas nas questões que dizem respeito à gravidez, preocupando-se menos com os cuidados diários da saúde bucal”, afirma o cirurgião-dentista Mário Groisman, do Rio de Janeiro.
2. Mas os dentes não ficam mais fracos porque o cálcio deles é usado na formação óssea do bebê?
Eis aqui mais uma grande fantasia popular. “No entanto, uma alimentação balanceada é necessária para manter o mineral em quantidades ideais para a gestante e o bebê”, orienta a ginecologista, obstetra e especialista em saúde da mulher Denise Coimbra, de São Paulo.
3. É verdade que problemas nas gengivas podem induzir o nascimento prematuro do bebê ou fazer com que ele nasça abaixo do peso?
Sim. Pesquisas médicas constataram que entre as mães com menos recursos financeiros e com a saúde bucal comprometida mais crianças nasciam nessas condições. “A inflamação que ocorre na gengiva estimula a liberação de citoquininas e prostaglandinas, substâncias que induzem o parto”, esclarece Mário Groisman. “Assim, sua liberação na corrente sangüínea acarreta microcontrações na parede uterina, podendo levar ao nascimento de um bebê de baixo peso.”
4. Existe algum tratamento odontológico específico para gestantes?
Não. Tecnicamente, o atendimento odontológico à grávida é muito semelhante ao realizado em qualquer outro paciente. “O ideal é fazer o acompanhamento dentário e os tratamentos necessários antes de tentar a gravidez, mas, se durante a gestação for necessário ir ao dentista, não há problema”, esclarece Denise Coimbra. Porém, é fundamental informar o dentista do seu estado atual, caso a barriguinha ainda não esteja evidente, para que ele possa tomar as devidas precauções.
5. Quais os principais cuidados com a boca que a gestante deve tomar?
“Zelo redobrado na escovação, no uso diário de fio dental e no bochecho com solução fluoretada”, responde Marcelo Schettini, cirurgião-dentista da Clínica Oral Design, no Rio de Janeiro. “É imprescindível se valer do fio dental para não facilitar o sangramento. O fio vai aonde a escova não entra e promove uma limpeza maior”, ensina Schettini. A atenção especial à higiene é importante para evitar a gengivite gravídica, como é chamada a inflamação típica dessa fase. Se houver necessidade de tratamento odontológico, o melhor é procurar um profissional o mais cedo possível para evitar complicações. Fique atenta a eventuais sangramentos, que são sinais de que há alguma anormalidade.
6. Grávida pode tomar anestesia?
A futura mamãe pode relaxar: ela não vai ser torturada a sangue frio. Existem anestesias especiais – e totalmente seguras! – para mulheres que esperam bebês. Diferentemente do tradicional, os anestésicos próprios para a situação não provocam o estreitamento dos vasos sangüíneos, o que poderia prejudicar a gestação. O dentista, é claro, precisa ser informado de que a mulher está grávida.
7. E a radiografia?
Não há problema nenhum em radiografar a boca, desde que a gestante utilize o avental de chumbo sobre a barriga.
8. Procedimentos como obturação e clareamento dentário podem ser realizados?
Sim, sem nenhum impedimento. Inclusive, todas as técnicas de clareamento dentário disponíveis podem ser empregadas.
9. Existe algum creme dental que não provoque enjôos?
Infelizmente, a indústria especializada ainda não inventou nada tão eficiente assim. O melhor a fazer é optar pela pastas de dente com sabores mais suaves.
10. A grávida que usa aparelho ortodôntico precisa ter algum cuidado especial com a boca?
Os aparelhos para corrigir a posição dos dentes facilitam o acúmulo de resíduos de comida, o que favorece o surgimento de bactérias que causam cáries e doenças da gengiva. “Por isso, qualquer paciente em tratamento ortodôntico, não só a gestante, necessita de maior acompanhamento por parte do dentista”, diz Groisman. E quem usa aparelho dentário deve dedicar especial atenção à higiene bucal.
Suzana Dias

Primeiro dentinho

Primeiros dentinhos
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Assim que ele desponta, surgem as dúvidas: será que meu bebê vai ter febre? E diarreia? Mordedor ajuda? Especialistas esclarecem essas e outras questões

Quando surgem os dentes de leite?
“Eles despontam entre o sexto e o nono mês, mas os pais não precisam se preocupar com antecipações ou demoras”, avisa o dentista Leonardo Ganzarolli, do Instituto Bibancos de Odontologia, em São Paulo. A arcada de leite se desenvolve até os 3 anos. Nessa idade, a criança deverá ter dez dentes superiores e dez inferiores. Alguns bebês, apressadinhos, já nascem com dentes (é o que os especialistas chamam de dentes natais) ou iniciam esse processo ainda no primeiro mês (dentes neonatais). Um odontopediatra deve ser procurado nesses casos e também se, ao completar 1 ano, o pequeno ainda estiver sem nenhum dente. Entre esses extremos, as variações são normais. Não se preocupe.
Como percebo que eles estão a caminho?
Cerca de um mês antes, a gengiva incha e avermelha. Prepare-se: a previsão é de choro, irritabilidade, dificuldade para dormir e falta de apetite. Não se esqueça também de reforçar o estoque de babadores. “A salivação aumenta devido ao amadurecimento das glândulas salivares, e a criança não con segue engolir o excesso de líquido”, explica a odontopediatra Vivian Farfel, de São Paulo. Por isso, os bebês babam tanto quando saem os dentes.
Por que a chegada dos dentes causa febre e diarreia?
“Uma febrinha leve é normal, já que a erupção dos dentes desencadeia um processo inflamatório”, explica o dentista Marcelo Sarra Falsi, de São Paulo. Quanto à diarreia, o problema é outro. Como os pequenos levam tudo à boca tentando amenizar o incômodo, correm mais risco de entrar em contato com objetos contaminados. É daí que podem vir os distúrbios gástricos que causam diarreias.
O que faço para amenizar o incômodo do meu bebê?
Massagens e contato com baixas temperaturas ajudam a descongestionar as gengivas e deixam seu fofo mais confortável. “Envolva o dedo em uma gaze ou fralda embebida em água filtrada ou soro fisiológico e faça uma leve fricção em toda a gengiva”, ensina Vivian. Outra opção é refrigerar os mordedores de gel antes de dá-los a seu filho. “Colocar uma colher na geladeira e aplicá-la na área também funciona”, diz o dentista Flávio Luposeli, de São Paulo.
Anestésicos locais aliviam as gengivas?
O efeito é passageiro. Além disso, há riscos de medicar o bebê por conta própria. Em casos de febre acima de 38,5 °C ou de inflamação excessiva, que impeça a criança de dormir e se alimentar, o pediatra ou o odontopediatra devem ser consultados. Eles podem indicar um medicamento para diminuir a dor e a inflamação.
Em que momento devo marcar consulta no odontopediatra?
Se o pediatra do bebê acompanha de perto a dentição dele, a visita ao especialista pode ser adiada até 1 ano. Nela, o dentista fará uma avaliação geral e orientará sobre cuidados de higiene, alimentação e hábitos de sucção (chupeta, mamadeira, dedo). Antecipe a agenda, porém, se notar alterações no formato, na cor e no posicionamento dos dentinhos. Fique de olho ainda em traumas (como quedas) e no surgimento de manchas brancas ou escuras, que podem indicar cárie. Foi-se o tempo em que a primeira dentição não tinha importância porque seria substituída. Hoje, sabe-se que ela é fundamental para a deglutição e a digestão dos alimentos, funciona como guia da dentição permanente e influencia o desenvolvimento da fala. Por isso, merece atenção desde cedo, ainda que outros procedimentos preventivos, como a aplicação de flúor, demorem a entrar em cena. “O flúor deve ser encarado como um medicamento, e sua indicação depende do risco de cárie de cada criança”, alerta Vivian.
O que fazer se um dente de leite não nasce? Por que isso acontece?
Os motivos variam. O mais comum é a agenesia, quando o dente não se forma. Isso acontece ainda na gestação. Por volta da sexta semana, são formados os dentes de leite; no quinto mês, os permanentes. Na maioria das vezes, a falha é de origem genética e não pode ser evitada. Há casos, porém, em que o dente não aparece porque tem sua saí da obstruída pela gengiva, muito espessa, ou devido a algum distúrbio. “Mas é um problema raro na dentição de leite”, diz Falsi. Exames clínicos e radiografias ajudam no diagnóstico. Mais tarde, ao surgirem os permanentes, o uso de aparelho ou um implante corrigem a falha.
O excesso de espaço entre os dentes de leite é motivo para se preocupar?
“Pelo contrário. A presença desses vãos é normal e desejável na arcada de leite, quando o número de dentes é menor do que o que teremos na vida adulta”, explica Vivian. Esses espaços, mais tarde, vão permitir a melhor acomodação dos 12 dentes a mais (e maiores) que irão formar a dentição definitiva. “Em 95% dos casos, o diastema – espaço entre os dentes – na dentição permanente é consequência de maus hábitos, como o uso de chupeta e mamadeira”, completa Falsi.
Chupar dedo, chupeta e mamadeira prejudica mesmo a dentição?
Sim. Esses hábitos estão associados a flacidez na musculatura da face e a alterações no alinhamento dos dentes e no posicionamento da língua. Mastigação, fala e respiração são afetadas. Quanto maior o tempo de uso de chupeta e mamadeira, pior. E, após o segundo ano, não há por que mantê-las na rotina do pequeno. “Mas, como a criança estabelece uma relação emocional com esses objetos, é bom prestar atenção se ela está num momento feliz para a retirada”, alerta Luposeli. Escolha uma fase em que seu filho esteja tranquilo e elimine primeiro a chupeta e a mamadeira do dia, depois a noturna, propondo um acordo ou uma troca. Fique preparada, porém, para idas e vindas nesse processo. Quanto a chupar dedo, desestimule desde os primeiros dias – por ter formato anatômico, a chupeta ainda é uma opção menos danosa.
A partir de quando devo escovar os dentes do meu filho?
Comece assim que sair o primeiro dentinho. “Prefira uma escova de cabeça pequena e cerdas macias e planas”, ensina Falsi. Realize a limpeza sempre após as refeições e à noite, usando pasta sem flúor e em pequena quantidade (o equivalente a meio grão de lentilha). “Como o bebê não sabe cuspir, ele poderia engolir essa espuma com flúor. Acontece que esse mineral já está presente na água e em alguns alimentos, e seu acúmulo no organismo pode provocar fluorose, que causa defeitos no esmalte dental, como manchas e falhas”, explica Ganzarolli. O uso do fio dental começa quando praticamente todos os dentes já tiverem nascido, e os enxaguantes bucais só entram em cena depois dos 6 anos.
É preciso cuidar da higiene bucal antes dos dentes nascerem?
A limpeza diária com gaze ou dedeira embebida em soro fisiológico deve integrar a rotina do pequeno desde sempre. Mesmo que seu filhote só mame no peito, higienize a boquinha dele após cada mamada, inclusive à noite, quando a produção de saliva cai, diminuindo a proteção natural contra germes. Esse hábito ajuda a prevenir um dos piores vilões da dentição de leite: a cárie de mamadeira.
O que é a cárie de mamadeira?
É uma infecção grave, que atinge todas as faces do dente e se espalha rapidamente. É causada por bactérias e não dá para descuidar. Para livrar seu bebê dessa ameaça, capriche na higiene; jamais mergulhe a chupeta em açúcar ou mel; não adoce a mamadeira (nem mesmo as de chá); e, assim que possível, desestimule o hábito das mamadas noturnas. Tem mais: não sopre a papinha, não beije seu filho na boca nem coloque a chupeta, o bico da mamadeira ou a colher do bebê na sua boca. Assim, você evita transferir bactérias da cárie para ele.
A saúde bucal dos pais interfere na do bebê?
Claro! Além do risco de transmissão direta das bactérias da cárie, tem a questão do exemplo. “A receita do sucesso é fazer a criança perceber que você não apenas a ensina a cuidar dos dentes como também segue essa rotina”, explica Vivian. Escove os dentes na frente do seu filho e, quando ele tentar imitá-la, ajude-o a manusear a escova. Pode até fazer de conta que ele está escovando sozinho e você só vai dar um retoque, mas não dispense esse cuidado – até 6 anos os pequenos não têm destreza para fazer uma boa escovação.

Thaís Szëgo 
Cláudia Bebê

Cárie: é transmissível ou não?

Cárie: é transmissível ou não?
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Beijar o bebê na boca e soprar a comida, por exemplo, segundo alguns dentistas, são práticas que podem transmitir a bactéria da cárie para o pequeno

A melhor maneira de manter seu filho longe das cáries é fazer uma higienização bucal correta, que deve ser orientada pelo odontopediatra, e adotar alguns cuidados básicos no dia-a-dia. "Trata-se de uma doença infecciosa e transmissível", afirma a odontopediatra Camila Oda Maeda, de São Paulo. Por isso, segundo muitos dentistas, deve-se evitar beijar o bebê na boca e até mesmo soprar a comida, sob o risco de transmitir a bactéria da cárie para o pequeno. No entanto, o odontopediatra Fábio Bibancos, também de São Paulo, discorda: "Isso não passa de mito".


Yara Achôa

Seja um exemplo de higiene

Seja
 um exemplo de higiene
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Desde cedo, as crianças têm como referência de vida seus pais (ou qualquer pessoa que faça esse papel). Por isso, seja sempre um bom modelo
Você é o modelo no qual seu filho vai se espelhar, até mesmo no quesito higiene. Dessa maneira, deixe a criança observá-lo escovar os dentes ou lavar as mãos. Os pequenos adoram imitar os pais, diz a pediatra Carolina Ignez Maier Guedes, de Curitiba. A imitação é um dos caminhos para o aprendizado. Assim, de acordo com Carolina, oferecer esse referencial de bons hábitos é mais eficaz do que dar broncas. Atenção: não abra exceções em seus hábitos de higiene, pois seu filho vai acabar seguindo seu exemplo. Além disso, se a criança for dispensada de lavar as mãos num dia, nunca vai entender que precisa sempre higienizá-las, explica o pediatra Gastão Cordeiro Ferreira, do Hospital Infantil Pequeno Príncipe, também na capital paranaense.

Liliana Negrello

Cuidados com os dentes

Cuidados com os dentes
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A saúde bucal na infância requer cuidados específicos é determinante para uma dentição forte por toda a vida

Você já deu uma boa olhada na escova do seu filho? Nããão?! Pois faça isso já. Cerdas deformadas pelo uso simplesmente não conseguem fazer uma boa limpeza. E aí o lindo sorriso que você adora ver estampado no rostinho dele pode ficar comprometido. É que, entre os 5 e os 6 anos, ocorre a troca da dentição e os cuidados têm de ser redobrados para garantir a saúde bucal por toda a vida. Pois é, não basta ensinar os movimentos de uma escovação eficiente e insistir para que a criança vença a preguiça e vá direto para a pia depois de comer e antes de dormir.
Ainda as cerdas. Atenção: elas não devem conter resíduos visíveis a olho nu, um prato cheio para a proliferação dos germes. Além disso, prefira as macias e com a ponta arredondada. Só assim elas removem a placa bacteriana sem ferir a gengiva. E, se você nunca sabe se está ou não na hora de trocar a escova, aqui vai uma boa dica: jogue fora quando as cerdas perderem a elasticidade. A escova de dente também tem prazo de validade, e ele nunca deve ultrapassar os dois meses.
Observe ainda o tamanho. Será que ele é adequado à boca da criança? Se a cabeça for grande demais, a escova não vai atingir os dentes lá do fundo – os mais prejudicados pela faxina deficiente. O ideal é que ela tenha de 30 a 35 tufos – calma, essa informação costuma vir estampada na embalagem, você não precisa contar. Também dê preferência aos modelos de perfil reto. Eles chegam aos cantos mais difíceis com a maior facilidade. E o cabo? A largura tem de ser confortável para a criança fazer os movimentos como se deve.
A hora para começar a usar o fio dental é agora, quando o pequeno já desenvolveu uma boa coordenação motora. Aliás, essa é uma arma indispensável na guerra contra o acúmulo de placa bacteriana entre os dentes, responsável por cáries e doenças da gengiva. E, por falar em micróbios, acabar com eles é mais simples do que parece. Basta adotar cuidados como estes:
• Ensine seu filhote a sempre lavar as mãos antes de começar a escovar os dentes.
• Faça-o bochechar com água para eliminar resíduos maiores de comida. Parece bobagem, mas isso diminui a chance de eles se esconderem entre as cerdas depois.
• Insista para que lave bem a escova em água corrente após usá-la, explicando que bater o cabo levemente na pia para eliminar o excesso de água deterá a multiplicação dos micróbios, pois eles adoram a umidade!
• Borrife uma substância antimicrobiana, como a clorhexidina, que costuma estar na fórmula dos enxaguatórios bucais.
• Conte a ele que o lugar da escova é no armário. Se ela ficar exposta, poderá ser contaminada pelos coliformes fecais dispersos no ar do banheiro.

Thaís Cavalheiro

Momento de escovar os dentes

Momento de escovar os dentes
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Cuidar da higiene bucal parece uma obrigação sem sentido para as crianças. Com paciência, bom humor e brincadeiras, o pequeno vai ver a escova de dentes com outros olhos
Existe uma tática infalível para convencer o seu filho a cuidar da higiene bucal. Se ele ainda não aceitou que precisa escovar os dentes após as refeições, simplesmente aposte no bom exemplo. O modelo dos pais funciona muito bem, conta a odontopediatra Fernanda Maria Koetz, de São Paulo. Por isso, ela recomenda: "Sempre que possível, faça a escovação na frente da criança". Então, para começar, escova na mão e pasta na outra. Convide seu filho a acompanhar você nesse cuidado com a higiene. Ensine o passo-a-passo da escovação com muita paciência e supervisione cada etapa.
 
Atenção aos acessórios
A escova da criança deve ser apropriada à idade, com cerdas macias, cabeça pequena e arredondada. Não use creme dental comum. A essa altura, a criança já aprendeu a cuspir. Mesmo assim, prefira uma marca com pouco flúor e use em pequena quantidade. Nessa fase, o fio dental já pode começar a ser introduzido, diz Fernanda Koetz.
 
Brincando com a escova
No começo, ensine a criança a escovar os dentes de trás, onde mordemos. Fale que a escova faz como o trenzinho, ou seja, um movimento de vai-e-vem. Em seguida é a vez de fazer a bolinha, ou seja, movimentos circulares na parte externa dos dentes, que fica voltada para os lábios.
 
Depois, vem a vassourinha. A escova varre a sujeira, partindo da base do dente perto da gengiva e indo para cima, em direção à bochecha (é a face do dente que fica ao lado da língua nos dentes de baixo e voltada para o céu da boca nos dentes de cima). Por último, a criança deve escovar a parte superior da língua.
 
Quantas escovações
O número de escovações deve ser entre três e cinco vezes por dia. Nessa fase, a criança se alimenta mais vezes. É um biscoitinho aqui, um suquinho ali e sem a higiene bucal adequada, aumentam as chances de cáries, lembra a odontopediatra Tânia Lima Barbosa. Quanto mais pegajosos os alimentos, pior. Balas, chocolates e chicletes estão no grupo de guloseimas que grudam nos dentes e exigem uma boa escovação.

Yara Achôa e Liliana Negrello

Hora da escovação

Hora
 da escovação
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Quando a criança começa a troca da dentição (entre 5 e 6 anos), é necessário redobrar os cuidados com os dentes para garantir a saúde bucal por toda a vida
Você já deu uma boa olhada na escova do seu filho? Cerdas deformadas pelo uso não conseguem fazer uma boa limpeza. E aí, o lindo sorriso que você adora ver estampado no rostinho dele pode ficar comprometido. É que entre 5 e 6 anos ocorre a troca da dentição e os cuidados têm de ser redobrados para garantir a saúde bucal por toda a vida. Não basta ensinar os movimentos de uma escovação eficiente e insistir para que a criança vença a preguiça e vá direto para a pia depois de comer e antes de dormir.
 
Atenção às cerdas. Elas não devem conter resíduos visíveis a olho nu, pois são um prato cheio para a proliferação dos germes. Além disso, prefira as macias e com ponta arredondada. Só assim removem a placa bacteriana sem ferir a gengiva. Se você nunca sabe se está ou não na hora de trocar a escova, aqui vai uma boa dica: jogue fora quando as cerdas perderem a elasticidade. Escova de dente também tem prazo de validade e ele nunca deve ultrapassar dois meses.
 
Observe o tamanho. Será que ele é adequado à boca da criança? Se a cabeça for grande demais, a escova não vai atingir os dentes lá do fundo, que são os mais prejudicados pela faxina deficiente. O ideal é que ela tenha de 30 a 35 tufos. Calma! Essa informação costuma vir estampada na embalagem. Também dê preferência aos modelos de perfil reto. Eles chegam nos cantos mais difíceis com maior facilidade. E o cabo? A largura tem de ser confortável para que o pequeno faça os movimentos como se deve.
 
A hora para começar a usar o fio dental é também nessa mesma época, pois já existe uma boa coordenação motora. Aliás, essa é uma arma indispensável na guerra contra o acúmulo de placa bacteriana entre os dentes, responsável por cáries e doenças da gengiva. E, por falar em micróbios, acabar com eles é mais simples do que parece. Basta adotar alguns cuidados:
 
- Ensine seu filhote a sempre lavar as mãos antes de começar a escovar os dentes;
 
- Faça-o bochechar com água para eliminar resíduos maiores de comida. Parece bobagem, mas isso diminui as chances de eles se esconderem entre as cerdas depois;
 
- Insista para que ele lave bem a escova em água corrente após usá-la, explicando que bater o cabo levemente na pia para eliminar o excesso de água contém a multiplicação dos micróbios, que adoram a umidade;
 
- Borrife uma substância antimicrobiana, como a clorhexidina, que costuma estar na fórmula dos enxaguatórios bucais;
 
- Conte a ele que o lugar da escova é no armário. Se ela ficar exposta, poderá ser contaminada pelos coliformes fecais dispersos no ar do banheiro.

Criança suja, adulto mais saudável

Criança suja, adulto mais saudável
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De acordo com estudo norte-americano, o contato com sujeiras e vermes na infância fortalece as defesas naturais do organismo. Uma novidade libertadora para os pais, não?

Pesquisadores da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, associaram o alto contato de crianças de até 2 anos com ambientes empoeirados, sujos e até com resquícios de fezes de animais à maior produção de anticorpos e ao desenvolvimento de um sistema imunológico resistente. Eles estudaram 1 534 casos de adultos nascidos e criados em Cebu City, nas Filipinas, cidade cujos níveis de integridade sanitária são muito inferiores aos padrões. Com análises da composição sanguínea dessas pessoas, os cientistas encontraram um número pequeno de indicadores que denunciam as infecções crônicas.
Esse novo estudo vai ao encontro da “teoria da higiene”. “Nessa teoria, é sugerido que os povos ocidentalizados, com o excesso de preocupação com a limpeza e assepsia, tenham tido um aumento da ocorrência de alergias e asma”, explica Wellington Borges, presidente do Departamento de Alergia e Imunologia da Sociedade Brasileira de Pediatria. Mas o estudo com a população filipina foi muito além da asma. Nele os pesquisadores defendem que o contato precoce com germes diminui a chance das super-reações a agentes externos, que são as causadoras das inflamações crônicas. Fazendo parte das doenças desencadeadas por essas respostas inadequadas do nosso sistema imunológico estão também o diabete e as doenças cardíacas.
Portanto, nada de se martirizar limpando todos os quatro cantos da sua casa. Às vezes, um pouco de “vitamina S” – de sujeira – não só é inofensiva como também uma forte aliada da resistência e da saúde do seu filho.



Maria Luiza Lara

Proteja seu bebê dos germes

Proteja seu bebê dos germes
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Eles podem estar em qualquer lugar: na chupeta, na banheira e nos brinquedos do seu pequeno. Saiba como mantê-lo bem longe dos micróbios nocivos
A chupeta cai no chão e você corre para lavá-la e fer vêla. A mamadeira encosta na parede e é esterilizada em seguida. O pai chega da rua louco para pegar o pequeno, mas primeiro tem que tomar um banho e colocar uma roupa limpa. Ih... A chupeta caiu de novo? Pois é, a maratona recomeça e parece não ter fim. Toda mãe conhece muito bem essa rotina. E, com certeza, já se perguntou se todos esses cuidados são mesmo necessários. Será que os ambientes pelos quais circulamos normalmente são assim tão contaminados por bicharocos que podem fazer mal ao bebê?
A resposta é sim e não. De fato, há milhares de monstrinhos espalhados por aí. “Estamos cercados por micro-organismos, e muitos usam nosso corpo como habitat”, afirma o infectologista Paulo Olzon, da Universidade Federal de São Paulo. Segundo ele, a maioria desses germes é inofensiva e alguns até ajudam o corpo a produzir vitaminas. Sério! Um dos tipos da vitamina K, responsável pela coagulação sanguínea, por exemplo, é sintetizado por bactérias no intestino.
Sem pânico
Em um adulto, esses hóspedes todos reunidos chegariam a formar uma massa de 2 a 3 quilos de micróbios (entre vírus, bactérias, fungos e protozoários), alojados na pele, no nariz, na garganta ou no aparelho digestivo. Deu vontade de correr para o chuveiro mais próximo? Não precisa. “Na verdade, esse aglomerado funciona como uma proteção. Comparo com um ônibus: se o veículo está lotado, o ladrão tem mais probabilidade de encontrar resistência do que se tivesse apenas um ou dois passageiros a bordo”, explica o biomédico Roberto Martins Figueiredo, de São Paulo, conhecido pelo quadro Dr. Bactéria, exibido no programa Fantástico, da Rede Globo.
Com seu bebê não é diferente. Por isso, os especialistas são contra exageros, como impedir que o pequeno tenha contato com o mundo exterior. Gradualmente, é natural e saudável que a criança brinque com outras, circule por vários ambientes e se esbalde em um tanque de areia. Essa exposição é necessária para o desenvolvimento e o fortalecimento do sistema imunológico dela. Além do mais, o contato com germes nem sempre é sinônimo de doença. “Afinal, o corpo possui várias barreiras de proteção, como a saliva e o ácido estomacal, que nocauteiam os intrusos antes que eles causem algum dano”, explica o infectologista Marcos Boulos, professor do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Universidade de São Paulo.
Mas, fatalmente, de vez em quando uma das feras que habitam essa fauna fará você correr para o consultório do pediatra porque seu filho aparecerá com infecção de pele, diarreia, problemas respiratórios etc. Os micróbios nocivos também são inúmeros e o que provocam depende de onde eles se alojam. “Se for no duto lacrimal, pode haver conjuntivite; no ouvido, otite; no pulmão, pneumonia; no trato urinário, infecção urinária; e assim por diante”, afirma Boulos.
Zelo necessário
A existência dessa gangue do mal (veja o quadro) é uma boa razão para não relaxar com a higiene. E quanto menor for seu filho, maiores devem ser os cuidados. Até 8 meses Lavar as mãos antes de pegar a criança e de manusear qualquer alimento ou objeto que será oferecido a ela é imprescindível quando se trata de bebês muito novinhos. A recomendação vale também para antes e depois da troca de fraldas, pois muitas bactérias das fezes podem, por meio das suas mãos, ser levadas à boca do pequeno ou à chupeta, causando doenças. “Colocar uma embalagem de álcool em gel na entrada do quarto do recém-nascido é uma boa ideia. Facilita essa higienização e insinua para as visitas que elas devem tomar o mesmo cuidado”, sugere o toxicologista e pediatra Sérgio Graff, diretor da Clínica Toxiclin, em São Paulo. Se o bebê tiver menos de 1 mês, o ideal mesmo é que os adultos, ao chegar da rua, troquem de roupa e lavem as mãos e o rosto antes de tocar no pequeno, especialmente quem trabalha na área de saúde e convive com germes mais perigosos e resistentes.
Olho vivo também nos objetos que o bebê leva à boca, como chupetas, mamadeiras, mordedores e brinquedos. Eles precisam ser higienizados toda vez que caírem no chão, mesmo que seja o do quarto do bebê, ou entrarem em contato com o banco ou o assoa lho do carro e as roupas sujas dos adultos. “Primeiro, passeos em água. Em seguida, mergulhe-os em uma solução de oito gotas de detergente para 1 litro de água morna”, ensina Figueiredo. Depois, lave-os com água e detergente e enxágue com água quente, fervendo-os, em seguida, de três a cinco minutos.
A partir de 8 meses
Depois que a criança começa a engatinhar, a vida fica mais fácil. “Nessa fase, é inevitável que ela tenha mais contato com micro-organismos que estão no chão”, diz o pediatra Alfredo Elias Gilio, coordenador do Centro de Imunizações e da Clínica de Especialidades Pediátricas do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. A partir daí, com as vacinas e a melhora da imunidade naturalmente conferida pelo tempo, basta seguir os cuidados rotineiros de higiene, como lavar mordedores, chupetas e brinquedos que são levados à boca de duas a três vezes por dia, com água corrente e detergente. Repita o cuidado também se caírem no chão. Em compensação, é preciso manter o chão ainda mais limpo. Diariamente, aspire os cômodos por onde a criança engatinha e limpe o piso com pano úmido. A partir de agora, circular pela casa com os sapatos que vieram da rua é proibido, já que é na sola do calçado que muitos micro-organismos perigosos são tra- esta gangue é do mal cozidos para o ambiente doméstico. Os controles remotos e os telefones também exigem atenção extra, pois os pequenos costumam colocá-los na boca e eles carregam muitos micróbios. “Uma boa solução é revesti-los com filme plástico, fixando bem as pontas”, diz Graff.
Em qualquer idade
Semanalmente, aspire o colchão e o travesseiro do seu filho e coloque-os ao sol. Se houver histórico de alergias respiratórias na família, use um aspirador com filtro de ar de alta eficácia, conhecido como HEPA, facilmente encontrado em lojas de eletrodomésticos. Manter a casa ventilada e todos os objetos bem secos é outra medida que ajuda a prevenir contaminações. “A maioria dos germes gosta de ambientes úmidos e abafados e não sobrevive muito tempo fora deles. É por ficarem ao ar livre e sob o sol, inclusive, que os tanques de areia geralmente são higienicamente seguros”, garante Olzon. Enxaguar a banheira da criança com água quente e secá-la antes e depois do banho é outra medida que faz parte da cartilha da mãe prevenida. Uma vez por semana, lave-a também com sabão. “Se ela for usada por mais de um bebê, deve-se passar álcool em toda a superfície diariamente”, recomenda Graff.
Em relação aos alimentos oferecidos ao filhote, todo cuidado é pouco. Frutas, verduras e legumes devem ser lavados em água corrente e deixados de molho em solução desinfetante (1 litro de água mais 1 colher de sopa de água sanitária de boa procedência e sem cheiro por cinco minutos). Enxágue novamente. E carnes e ovos não devem ser servidos crus ou malpassados.
Outra recomendação importante é nunca, em idade nenhuma, beijar a criança na boca nem compartilhar talheres com ela. “Muitos micróbios se alojam na saliva e são transmitidos por ela, como herpes labial, cárie, candidíase e até gastrite”, afirma Figueiredo. Por isso, nem pense em colocar na boca a chupeta que caiu para limpá-la. Se não tiver como higienizála, é melhor guardá-la e aguentar a choradeira.
Esta gangue é do mal
Conheça os principais micróbios que ameaçam a saúde do bebê e saiba onde eles se alojam
Escherichia coli - Esconde-se no chão contaminado por fezes, como em banheiros, e provoca diarreia. É transmitido por mãos e alimentos infectados.
Salmonela - É um grupo de bactérias que vive em ambientes onde se manipulam aves, carnes e ovos contaminados, como carrinhos de supermercado e cozinha. Causa diarreia, vômito e febre. É transmitido por alimentos que tenham fi cado em contato com a bactéria.
Helicobacter pylori - Habita a saliva, inclusive da mãe, e desencadeia gastrite e úlcera. Transmissível pelo contato com a saliva contaminada por meio de talheres, beijo etc.
Epstein-Barr - Também presente na saliva, provoca mononucleose. Cuidado com beijos e talheres.
Herpes simplex
Outro que vive na saliva. Ele transmite herpes labial, que se manifesta por meio de lesões nos lábios. O contágio pode acontecer pelo contato direto com a saliva contaminada, com a lesão ou com a mão de alguém que a tenha tocado.
Cândida albicans - Mais um que está na saliva. Provoca candidíase labial, o famoso sapinho. A transmissão também ocorre pela exposicão à saliva e a talheres contaminados.
Estreptococo - Faz parte de uma família grande e pode estar nas mãos de quem manipula mamadeiras, chupetas, mordedores etc. Provoca faringite, escarlatina, diarreia, vômitos e doenças graves, como meningite e pneumonia. Um deles – o Estreptococos mutans – é o causador da cárie dental.
Estafi lococo - Também forma um grupo com vários tipos. Fica escondido na saliva e na pele e pode contaminar os objetos da criança durante a manipulação. Desencadeia faringite, laringite, sinusite, vômito, infecções urinária e de pele, às vezes com pus.
Pseudomona aeruginosa - Fica na terra, no ambiente e em mãos muito sujas. Pode causar infecções respiratória, urinária e no sangue. Costuma vir de carona em hortaliças infectadas.

Thais Szegö 
Cláudia Bebê